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ENDO 1 - Diagnóstico em Endodontia

  • Yasmim Ferraz Simões de Faria
  • 18 de set. de 2024
  • 4 min de leitura










A técnica de diagnóstico exige uma abordagem sistemática do paciente, incluindo a anamnese (exame subjetivo), o exame clínico (exame objetivo) e os exames complementares. A interpretação e o cruzamento dos dados obtidos nessas etapas possibilita o fechamento do diagnóstico com o seu correto tratamento


• Urgência: não representa uma condição séria que necessite de intervenção imediata (hipersensibilidade dentinária, pulpite reversível)


• Emergência: exige tratamento imediato para o restabelecimento do conforto do paciente


• Como reconhecer uma emergência verdadeira?

→ 1. Seu problema está interferindo em seu sono, alimentação, trabalho, concentração e em outras atividades diárias? → Uma emergência verdadeira rompe o equilíbrio do paciente e o impede de executar atividades rotineiras.


→ 2. Há quanto tempo este problema o aflige? → Uma emergência verdadeira raramente dura mais do que 2 a 3 dias, que é o período normal do curso de uma resposta inflamatória aguda.


→ 3. Você precisou tomar algum medicamento para aliviar a dor? Ele foi eficaz? → Dificilmente, o emprego de analgésicos alivia a dor associada a uma emergência verdadeira.


• Feito esta diferenciação, para chegar a um diagnóstico correto, devem ser realizados sistematicamente os seguintes exames:

a) Subjetivo: história médica e dental (anamnese).

b) Objetivo: exame clinicovisual, testes de sensibilidade (ou “vitalidade”) pulpar (térmico, elétrico, cavidade), testes perirradiculares (palpação e percussão), sondagem periodontal (exames físicos).

c) Exame radiográfico e, se necessário, complementado por tomografia computadorizada cone-beam (exames complementares).

• Anamnese:

➢ Questionando e ouvindo o paciente, o profissional obterá importantes.

➢ Deve conter:

1. Queixa principal: motivo da procura pelos nossos serviços.

2. História Médica e Odontológica: Deve-se obter a história da doença atual, verificando-se o seu início, duração, características, evolução, remissões, se há fatores que a modificam e se houve tratamentos prévios. Revisão das condições gerais de saúde do paciente e se faz ou fez uso de algum tipo de medicação


• Exame clínico do paciente endodontico:

➢ Inspeção: A inspeção do paciente deve começar no momento em que ele entra no consultório, pois a simples observação do gestual e da expressão facial podem apresentar informações muito relevantes.


➢ Inspeção bucal: É o exame visual da boca como um todo. Deve-se observar a alteração de cor da coroa, estado das restaurações, exposição pulpar, presença ou ausência de cáries. Neste momento, o endodontista não deve se esquecer também de observar as demais estruturas bucais, sua cor e morfologia, buscando averiguar a presença de tumefação (edema), existência de fístula e sua parúlide (furúnculo gengival).


➢ Palpação: deve-se apalpar a região da face que será examinada, buscando fazê-lo também bilateralmente, estabelecendo, assim, as semelhanças e as diferenças entre o lado direito e esquerdo do paciente, investigando alterações.


➢ Palpação apical: tatear a região apical do elemento dentário examinado, fazendo-o delicadamente com a ponta do dedo indicador, verificando se há alguma resposta dolorosa ou, pelo tato, a presença de alterações patológicas de sua forma.


➢ Percussão horizontal e vertical: investigando-se a resposta à percussão com leves toques com as costas do dedo, horizontal e verticalmente. Na presença de processos patológicos, muitas vezes, este delicado toque será suficiente para deflagrar uma resposta dolorosa. Se essa manobra resultar negativa, aí sim fica indicado lançar mão do cabo do espelho, percutindo a coroa do paciente, perpendicularmente à mesma ou no sentido do seu eixo, sempre de forma delicada, evitando o sofrimento desnecessário do paciente. A percussão vertical positiva tem sido associada à inflamação de origem endodôntica; enquanto a dor relacionada com percussão horizontal diz respeito a alterações periodontais.



➢ Mobilidade dentária.

➢ Sondagem periodontal.

  • Testes clínicos pulpares:

➢ Esses testes apontam a sensibilidade positiva ou negativa da polpa dental, sem, na verdade, apontar o real estágio da higidez pulpar.

➢ São eles: testes térmicos (teste pelo frio; teste pela aplicação de calor) e teste pulpar elétrico.


➢ Teste pelo frio: ▫ O profissional usa algum artifício para tomar calor do dente.

▫ O uso de spray de fluido refrigerante (popularmente conhecido como “gás refrigerante”, segundo informam os fabricantes) ganhou largo emprego nos últimos anos

▫ Técnica do gás refrigerante: • Isolamento do dente (relativo ou absoluto). • Aplicação do gás sobre cotonete ou pelota de algodão apreendida com pinça. O tempo de aplicação não deve exceder 5 segundos. Se for necessário repetir, aguardar 5 minutos.


➢ Teste pelo calor:

▫ Neste caso, o calor é transferido ao dente através de substância ou instrumento previamente aquecido. Com essa finalidade, tem sido relatado o emprego de água morna, aquecimento da superfície dental com taça de borracha ou através de um bastão de guta-percha aquecida em chama de lamparina, sendo este último o mais usado.

▫ Para o teste pulpar com o bastão de guta-percha, deve-se proceder da seguinte maneira:

• Isolamento do dente (relativo ou absoluto). • Aplicação de gel isolante na superfície do dente (vaselina), evitando que a guta-percha fique aderida ao dente. • Aquecimento e plastificação da ponta do bastão de guta-percha na chama de uma lamparina. • Aplicação da guta-percha sobre a superfície do dente enquanto esta ainda estiver brilhosa.


➢ Teste pulpar elétrico:

▫ Quanto ao teste pulpar elétrico, utiliza-se um aparelho conhecido como pulp tester. Este aparelho tem demonstrado grande eficácia, particularmente quando coadjuvante do teste térmico pelo frio.




Material de suporte encaminhado pelo Professor Daniel Herrera:








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